sábado, 12 de setembro de 2009

Livro sobre Presidente JK tem noite
de autógrafos na Câmara de Niterói


Autor levantou documentos na Cia e no SNI em pesquisas que duraram cinco anos

O jornalista Continentino Porto lança o livro “JK segundo a CIA e o SNI", no próximo dia 15 de setembro, às 19h, no saguão da Câmara de Vereadores de Niterói. No livro de 452 páginas, após profunda pesquisa, o autor faz uma trajetória da vida do ex-presidente Juscelino Kubitschek, apresentando documentos inéditos que conseguiu no SNI e nos arquivos do Governo dos Estados Unidos.

O livro, segundo Continentino, durou cinco anos de pesquisas e investigações, nos arquivos da Fundação Getúlio Vargas, na Biblioteca Nacional, da Justiça Federal e várias viagens à Brasília, Minas Gerais, Miracema e Resende.

Continentino afirma, na apresentação do livro, que Juscelino foi um mineiro humorado, democrata habilidoso, dirigente audacioso e o responsável direto pelas transformações que levaram o País a alcançar, em pouco tempo, a condição de uma das maiores economias do mundo. "Queremos ajudar a manter viva a memória deste grande brasileiro, relembrando, principalmente, sua luta para realizar obras, seus depoimentos nos IPMs, seus processos no STF e as perseguições e humilhações que lhe submeteram os defensores do golpe de 1964, além de incansável, e podemos dizer, inútil, vigilância dos arapongas do SNI e da CIA, que o investigaram até depois de morto", ressalta o autor.

O autor e analista político, entre as várias passagens do livro, contam a audiência do ex-governador Roberto Silveira com o ex-presidente, que foi relatar o quebra-quebra e o incêndio ocorrido numa das estações das barcas, conhecido como a revolta dos Carreteiros. Roberto Silveira, na ocasião, conseguiu que tropas do Exército fossem deslocadas para tomar conta dos prédios das repartições públicas e recursos para pagamento da quinzena atrasada dos empregados da companhia.

Continentino Porto revela a prisão do ex-presidente Juscelino, durante uma homenagem por seu jubileu de médico, ocorrida no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, no dia 13 de dezembro de 1968, quando foi abordado por agentes do DOPS , da PF e do Exército e levado preso para o 3o Regimento de Infantaria, em Sâo Gonçalo.

Nos documentos pesquisados nos EUA, Continentino Porto mostra o perfil do ex-presidente e os passos da CIA no Brasil monitorando Juscelino. " O presidente era vigiado 24 horas por dia pelo implacável olho da CIA. Durante quatro anos de Governo, os agentes americanos circularam pelos corredores do Palácio do Catete, fornecendo para a Casa Branca relatórios diários", diz o autor, acrescentando " num dos relatórios datilografados - não existia computador na época-, a CIA já avistava a possibilidade de um golpe por parte das facções militares e que o PCB continuava a explorar o descontentamento social e a tendência nacionalista anti-Estados Unidos".

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